Maria Mãe de Deus 2022

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Maria mãe da fadiga de compreender

Lucas 2, 16-21

“Virgem Mãe, filha do teu filho, em quem o seu feitor não desdenhou fazer sua fatura” (Dante).
Maria é a mãe da fadiga de compreender. Com a calma dos amantes ela se tornou discípula de seu filho. O absurdo, a dúvida, as perguntas não a pouparam que um dia ela fosse onde estava Jesus com a intenção de levá-lo para casa, acreditando que ele estava louco.
Maria, a mãe, nem mesmo foi preservada da dor. O amor não tira o amado do sofrimento, mas o acompanha, fica ao seu lado e sofre.
Depois de uma vida passada amadurecendo à luz do seu filho, não se tornou Senhora, mas discípula, agarrada ao patíbulo infame e descobrindo aos poucos que concretizar uma vida não é ser totalmente íntegro diante da lei divina, ter um amor capaz de ir até ao fim.
Maria permitiu que Deus se tornasse grande nela; consentiu nesta ação de Deus; ela mesma se tornou grande, se expandiu para tornar-se plenamente a si mesma, ela floresceu.
No vazio interior (virgindade), Deus encontrou o espaço suficiente e necessário para poder crescer. Nossa pobreza é o lugar onde Deus pode se tornar grande em nós.

O que é nossa vida senão um lento caminho de construção de si, de contínuo renascimento? Isso acontece através de nossa humanização, encarnação, até tornarmo-nos perfeitos como Deus Pai.

Texto extraído das Homílias de Pe. Paolo Scquizzato

 


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