Nela se reconhece a «obra incessante do Espírito Santo, que ao longo dos séculos manifesta as riquezas da prática dos conselhos evangélicos através dos múltiplos carismas, e também por esse caminho, torna perenemente presente na Igreja e no mundo, no tempo e no espaço, o mistério de Cristo» (Vita consecrata, 5).
No sinal gráfico que representa a pomba, se delineia a palavra árabe “pace”: uma referência à vocação da vida consagrada em ser exemplo de reconciliação universal em Cristo. As águas, formadas por fios de mosaico, indicam a complexidade e a harmonia dos elementos humanos e cósmicos que o Espírito faz “gemer” segundo os misteriosos desígnios de Deus (cf. Romanos 8, 26-27), para que convirjam em um encontro hospitaleiro e fecundo que leva à nova criação. Entre as vibrações da história, a pomba voa sobre as águas do dilúvio (cf. Gênesis 8, 8-14).
Os consagrados e as consagradas sob a força do Evangelho, peregrinos entre os povos, vivem a sua variedade carismática e diaconal como «bons administradores da multiforme graça de Deus» (1Pedro 4, 10); marcados pela cruz de Cristo até o martírio, fazem parte da história com a sabedoria do Evangelho, Igreja que abraça e restaura toda a humanidade em Cristo.