III Domingo do Advento 2022

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  O homem desarmado  

Mateus 11,2-11

Eles aprisionaram a espera, encarceraram o deserto, roubaram o céu de suas noites, sufocaram o grito da esperança: prenderam João Batista. Leão inquieto, leão enjaulado; confuso, humilde, perdido, João não é mais ele. A vida tornou-se pequena, sufocada, a liberdade trancada em poucos metros quadrados de uma cela. E ele, inevitavelmente, se transforma.

O Batista que confiava em si, é obrigado a confiar em outros olhares, é um Batista forçadamente diverso, mais humilde, mais humano. No texto de hoje, ele nos lembra que sem espera o homem não é homem, e que é necessário esperar como ele esperou: uma prisão. Agora é a hora de uma espera desarmada. Muitas vezes nossas expectativas em relação à vida são apenas exigências, querendo que a vida se adapte às nossas necessidades.

O risco do Batista no deserto era o de ir contra o tempo para que suas palavras tivessem razão. E não a prisão. Ele é um homem frágil, desarmado. E muito bonito. Frágil, aprende a reconhecer e a se alegrar com uma esperança maior do que ele mesmo (os cegos recuperam a vista, os coxos andam…).

Somos chamados a uma espera desarmada e aprender a reconhecer a esperança e a surpreender-nos que o nosso coração tenha se tornado tão livre e capaz de se alegrar com felicidade dos outros.

Pe. Alessandro Deho'alessandrodeho.com

 


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