Elas se chamam Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar e são as vencedoras do Prêmio Sakharov para a liberdade de pensamento concedido anualmente, desde 1988, pelo Parlamento europeu.
As duas iraquianas, de etnia yazida, representam o símbolo da resistência à barbárie do Estado Islâmico. «Com as violências sofridas são encorajadoras e símbolo para nós não termos medo», disse Martin Schulz, presidente do Europarlamento.
«Foram testemunhas de atrocidades sem precedentes – prosseguiu Schulz – fizeram um longo caminho para receber a proteção da Europa e agora somos obrigados a sustentá-las para garantir que seu testemunho evite a impunidade».
A dura experiência de Nadia Murad e Lamiya Aji Bashar teve início em Kocho, seu vilarejo natal, no dia 3 de agosto de 2014, quando ocupado pelos militantes do Estado Islâmico, que massacraram todos os homens ali residentes. Depois desse extermínio, as mulheres e as crianças foram reduzidas a escravos: todas as mulheres jovens, entre as quais Aji Bashar, Murad e as suas irmãs, foram raptadas, compradas e vendidas diversas vezes e reduzidas a escravas sexuais.

